A cromatografia líquida é a técnica mais utilizada em laboratórios de controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento em indústrias farmacêuticas, indústrias veterinárias, farmoquímicas e muitas outras. Esta técnica, conhecida pelos seus equipamentos Hight Performance Liquid Chromatography (HPLC), utiliza uma metodologia de separação de compostos químicos em soluções, combinando uma fase móvel e outra fase estacionária.
HISTÓRIA DA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA
Realizando qualquer busca na internet sobre a história da cromatografia líquida, podemos encontrar dados de origem que relatam que a Roma antiga utilizou de alguns experimentos relacionados a cromatografia líquida, mas o mais comumente mencionado é do botânico russo M.S. Tswett ter publicado o primeiro experimento da técnica, no ano de 1903. Bom, sem estender muito no assunto da história, vamos aos princípios desta técnica que encanta muitos analistas, cientistas e pesquisadores no mundo todo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Como dito no artigo de cromatografia em camada delgada (CCD) "A cromatografia em camada delgada tem os mesmos princípios da Cromatografia Líquida (LC), ou em inglês Liquid Chromatography (LC), e da Cromatografia Gasosa (CG), ou em inglês Gas Chromatography (GC)," baseia-se em princípios de separação que envolvem uma fase estacionária, que nesta técnica trata-se de uma coluna cromatográfica, uma fase móvel, que será preparada com mistura de solventes, e a separação dos compostos químicos ocorrerá com a utilização de uma equipamento chamado HPLC.
Os diferentes compostos químicos presentes em uma amostra interagem de formas únicas com a coluna cromatográfica resultando em separações por diferentes tempos de retenção. A amostra analisada em um HPLC submete-se a um preparo de amostra adequado e é injetada no equipamento em um fluxo contínuo de fase móvel, por afinidade esta amostra ao final apresenta um tempo de retenção para cada compostos químico presente nela. Vou demonstrar melhor no experimento demonstrativo abaixo:
EXPERIMENTO DEMONSTRATIVO
Um experimento simples e somente de exemplo pode ser demonstrado da seguinte maneira. Vou exemplificar sem o legítimo sentido de desenvolver um método analítico e sem levar em consideração o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Vamos analisar uma amostra líquida que contém um ativo (A) e outro (B) conhecidos, estes ativos são detectados por UV, então vou listar os equipamentos que serão necessários e o procedimento de análise enumerado.
HPLC com detector UV;
Balança analítica;
Ultrapurificador de água;
Ultrassom;
Agitador magnético;
Kit de filtração.
Procedimento:
Fase móvel: Como exemplo utilizaremos dois solventes comuns. Água ultrapura : Metanol grau HPLC (50:50) filtrada com membrana 0,45um. Este é um exemplo clássico de fase reversa que necessariamente precisa ser de característica polar. Não vou citar a faixa de pH que será utilizado, mas é de grande importância para a ionização dos compostos químicos analisados;
Preparo das amostras e padrões: Após definido a concentração final ideal de trabalho, que seja a mesma concentração de padrão e amostra, você vai precisar de uma balança analítica para pesar os padrões (de preferência, padrões primários) em balões volumétricos. Dissolva em ultrassom e filtre as soluções com filtro de seringa;
Desenvolvimento da cromatografia: Com a fase acoplada em um sistema HPLC, limpo e purgado, conforme artigo Purgas em sistemas HPLC/UPLC, escolhido a coluna cromatográfica compatível com os compostos que serão analisados, transfira os padrões e as amostras para vials HPLC e iniciei a analise;
Métodos analíticos: Em breve aqui na Comunidade Científica, será disponibilizado alguns métodos analíticos para você se basear no seu desenvolvimento analítico;
Observação dos resultados: Por comparação e cálculos, padrões e amostras submetidos a análise apresentam os seus resultados.
APLICAÇÕES
Como vimos até aqui, a cromatografia líquida é essencial e indispensável em laboratórios analíticos, abaixo estão listadas as principais aplicações em diferentes ramos de atividade:
Indústrias farmacêuticas: Pesquisa e desenvolvimento de novos métodos analíticos, controle de qualidade em liberação, acompanhamento de medicamentos, liberação de matérias primas entre outros compostos;
Indústrias alimentícias: Determinação de aditivos, vitaminas e contaminantes em bebidas e alimentos;
Indústrias cosméticas: Análises de ativos e impurezas em produtos de beleza;
Indústrias de monitoramentos ambientais: Monitoramento de poluentes em águas e solo.
Com o avanço da tecnologia no mundo, a área científica da cromatografia está em plena expansão, garantido a cada dia produtos seguros e confiáveis.
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