Entre todas as técnicas de cromatografia, a cromatografia em papel é considerada a mais simples, exigindo apenas uma quantidade pequena de amostra e padrão conhecido e materiais laboratoriais básicos para realizar a separação de compostos. Ao desenvolver esta análise, todos os compostos da amostra e do padrão conhecido se distribuem com base em suas diferentes solubilidades na fase móvel (solvente) e estacionária (papel). Sendo que, os compostos mais solúveis na fase móvel, percorrem o papel mais rapidamente do que aqueles que interagem mais com a fase estacionária, resultando em uma maior interação com o papel e um comparativo de separação.
HISTÓRIA
Esta cromatografia teve início na década de 1940, pelo químico Martin K. Cromer, da Universidade de Chicago, Estados Unidos. Martin desenvolveu a técnica como uma forma simples e eficaz de separação de compostos polares. Anos depois, por volta da década de 1950, Archer John Porter Martin e Richard Laurence Millington Synge ganharam o prêmio Nobel de Química do ano de 1952, por aprimoramento da técnica e trabalho pioneiro em cromatografia.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O funcionamento da cromatografia em papel é baseado nos princípios de partição e adsorção. Uma pequena quantidade da amostra a ser analisada é colocada em uma das extremidades de uma tira de papel poroso. A tira é então colocada em um recipiente contendo um solvente adequado, que migra através do papel por capilaridade.
EXPERIMENTAL
Como citado anteriormente, esta técnica é simples e requer apenas alguns materiais básicos de laboratório:
Cuba de vidro ou plástico;
Pipeta ou micropipeta;
Papel eluente;
Reagentes;
Padrão conhecido.
Preparação da câmara de eluição: Em um ambiente de câmara fechado (cuba de vidro ou de plástico), adiciona-se o reagente de eluição (fase móvel) e reserve por alguns minutos, a fim de ambientação.
Aplicação da amostra e padrão: Após ambientação da cuba, uma pequena quantidade de amostra e padrão deve ser aplicada com o auxílio de uma pipeta, na extremidade do papel, um ao lado do outro, para poder observar e comparar a eluição.
Resultado: O papel é então colocado dentro da cuba em contato com a fase móvel, previamente ambientada e presente no fundo da cuba, permitindo que o solvente suba por capilaridade através do papel. Após um tempo adequado, o papel é retirado da cuba e as bandas (manchas) do padrão e amostra são comparadas por visualização.
APLICAÇÕES
Esta técnica básica é muito utilizada em pequenos laboratórios e afim de estudos comparativos de compostos. Permite a identificações de compostos desconhecidos em uma amostra, já que é comparado com um padrão conhecido.
A cromatografia em papel ainda é considerada uma técnica muito útil e simples para a análise química, pois oferece uma eficaz separação e identificação de compostos. Por meio da cromatografia em papel é possível explorar e compreender melhor as propriedades físico-químicas dos compostos estudados, contribuindo com o aprendizado e avanços científicos em todo o mundo.